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Prevalência de dor e sua abordagem terapêutica em crianças submetidas a cuidados paliativos atendidas em um Centro Hospitalar de Referência no Uruguai
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Palavras-chave

Dor; Cuidados paliativos; Analgésicos; Criança

Como Citar

Notejane, M., Galarraga, F., Baggio, M., Mateo, M., Morales, J. I., Porres, C., … Saizar, F. (2023). Prevalência de dor e sua abordagem terapêutica em crianças submetidas a cuidados paliativos atendidas em um Centro Hospitalar de Referência no Uruguai. Archivos De Pediatría Del Uruguay, 94(1), e206. https://doi.org/10.31134/ap.94.1.10

Resumo

Introdução: o tratamento da dor é um direito humano e constitui um pilar dos Cuidados Paliativos (CP). Este sintoma em crianças é geralmente subestimado e insuficientemente tratado.

Objetivo: conhecer a prevalência da dor e descrever o perfil do uso de medicamentos analgésicos, adjuvantes e procedimentos invasivos em crianças atendidas na Unidade de Cuidados Paliativos Pediátricos do Centro Hospitalar Pereira Rossell (UCPP-CHPR) durante o período de 2019-2021.

Metodologia: foi realizado um estudo observacional, descritivo e retrospectivo por meio de revisão de prontuários.

Resultados: foram incluídas 317 crianças, 58% do sexo masculino, com idade mediana de 6,9 anos. 64% eram portadores de doenças neurológicas graves não evolutivas, 51% usavam próteses ou tecnologia médica. Registro da presença de dor foi encontrado em 35%, do tipo crônica 87%, mista 55% e de origem múltipla 54%. A utilização de escala para avaliação da dor foi detectada em 61%, sendo a mais utilizada a r-FLACC. No grupo de crianças com dor, a prescrição de analgésicos foi encontrada em 43% (48/111) e adjuvantes em 87% (97/111), gabapentina em 78. Ao todo, a via de administração foi oral/enteral. Uso off-label de medicamentos foi encontrado em 79% e polifarmácia em 82%. Efeitos adversos foram registrados em 10%.

Conclusão: um terço das crianças atendidas pela UCPP-CHPR apresentou registro da presença de dor. A maioria do tipo crônica, mista e de fontes múltiplas. Encontrou-se ampla utilização de escalas validadas para avaliação da dor e elevada prescrição de coadjuvantes em relação aos analgésicos.

https://doi.org/10.31134/ap.94.1.10
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