Resumo
Introdução:
a sífilis é uma doença sexualmente transmissível, evitável e curável, que é transmitida ao feto. Embora o tratamento materno seja fácil de realizar e de baixo custo, o Uruguai ainda tem dificuldades em controlar e eliminar a sífilis congênita (SC).
Objetivos:
descrever a incidência de SC no departamento de Paysandú entre 01/01/2015 e 31/07/2019. Descrever características epidemiológicas e clínicas de gestantes e seus recém-nascidos diagnosticados com SC.
Metodologia:
estudo descritivo e retrospectivo. Os dados foram obtidos em auditorias, internações e prontuários clínicos. O caso de SC foi definido de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e os quatro cenários de SC descritos pelos Centros de Controle e Prevenção de Projeto (CDC).
Resultados:
houve 30 casos de SC e/ou probabilidade de SC em recém-nascidos. 27 foram atendidos no setor público e 3 no privado. Quase metade deles foram o resultado de gravidezes tardiamente controladas ou não controladas. 37% das mães eram usuárias de drogas ilegais, mesmo durante a gravidez e em 73% dos casos nenhum teste e/ou tratamento foi realizado nos seus parceiros sexuais.
Conclusões:
a maior prevalência de SC é observada no subsetor público. A maioria dos casos foi resultado de gravidez mal controlada, controlada tardiamente ou não controlada e veio de mães que consumiram substâncias psicoativas. O tratamento dos contatos ainda é um problema não resolvido no setor público. Para atingir o objetivo de saúde, devemos enfatizar o planejamento, controle e monitoramento das gestações, assim como o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno dessa infecção.