Resumo
Introdução: os serviços de consulta telefônica, quando inseridos em programas de cuidados paliativos pediátricos (PPC), contribuem para a resolução de alguns problemas, evitando, às vezes, consultas presenciais.
Objetivo: descrever: as consultas telefônicas recebidas na Unidade de Cuidados Paliativos Pediátricos do Centro Hospitalar Pereira Rossell (UCPP-CHPR); o seu nível de resolução e seu grau de satisfação em relação à consulta.
Materiais e métodos: estudo descritivo, prospectivo, de 8/1/2019 a 30/9/2019; revisão dos registros das ligações recebidas e posterior pesquisa telefônica. Incluíram-se todas as consultas recebidas. Analisamos as variáveis demográficas, o motivo da ligação (administrativa, necessidade de intervenção); nível de satisfação com a resposta e capacidade de evitar a consulta presencial.
Resultados: registraram-se 93 atendimentos telefônicos de 53 pessoas; idade média de 34 anos, mulheres: 48/53; mães: 35; origem: sul do país 77; centros urbanos: 64; motivos da consulta: administrativos 53/93 (solicitação de medicamentos/insumos médicos 30, agendamento da consulta 14, solicitação de transferências 9; necessidade de intervenção 40/93 (desconforto: 12, problemas com próteses 8, dúvidas sobre drogas 6, cuidados de enfermagem 6, problemas psicoemocionais ou sociais 4). Na opinião das pessoas pesquisadas a consulta telefônica evitou uma consulta/gestão presencial 66/93; manifestaram satisfação com as respostas 91/93.
Conclusões: o elevado número de consultas administrativas, a possibilidade de evitar a consulta presencial e a satisfação relatada pelos pais e cuidadores em relação à consulta telefônica, sugere-a como recurso para organizar, sistematizar e aprimorar a atenção integral à criança que vai ser escolhida para receber cuidados paliativos.