Repercussão da pandemia de SARS-COV-2 nas consultas nos Serviços de Emergência Pediátrica do Uruguai
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Palavras-chave

COVID-19; Pandemia; Serviços médicos de emergencia; Pediatria

Como Citar

Más, M., Tórtora, S., Amarillo, P., Dávila, M., Osta, L., Noya, N., … Alsina, S. (2022). Repercussão da pandemia de SARS-COV-2 nas consultas nos Serviços de Emergência Pediátrica do Uruguai. Archivos De Pediatría Del Uruguay, 93(2), e205. Recuperado de https://adp.sup.org.uy/index.php/adp/article/view/362

Resumo

Em março de 2020, foi confirmado o primeiro caso de doença por coronavírus no Uruguai, recomendando o confinamento. A assistência à saúde foi reduzida a serviços de urgência e emergência (SE).

Objetivo: analisar as características das consultas pediátricas no SE do subsetor público e privado no Uruguai, durante os primeiros 4 meses da pandemia de SARS-CoV-2.

Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo, multicêntrico.

Resultados: participaram 23 SEs de todas as regiões do país. Período pré-pandemia 1: 14/03/19-29/07/19, período 2: 14/03/20-29/07/20 Consultas: período 1 n=121.116, período 2 n=33.099 (redução de 73%) . Internações da SE: período 1 n= 0,6649 (taxa 5,5%). Período 2: n=2.948 (taxa de 9,5%). Diagnósticos do período 1: infecção respiratória aguda alta (IRA) 39.892 (33%), LRA baixa 86,56 (7%), trauma menor 8.651 (7%), gastroenterite 8.044 (6,6%), crise asmática/CBO 7.974 (6, 5% ), lesões 4.389 (3,6%), dor abdominal 3.528 (3%), problemas de saúde mental 859 (0,7%), convulsões 758 (0,7%), patologia social 678 (0,5%). Diagnósticos 2020: IRA alta 5.168 (16%), trauma leve 2.759 (8%), lesões 2.652 (8%), dor abdominal 1.494 (4,5%), gastroenterite 1.296 (4%), asma/CBO 1.095 (3, 3%), IRA baixa 700 (2,1%), patologia social 522 (1,6%), problemas de saúde mental 471 (1,4%), convulsões 408 (1,2%).

Conclusões: nos primeiros meses da pandemia houve uma redução sustentada e significativa das consultas pediátricas no SE. Não houve aumento na frequência absoluta de nenhum dos diagnósticos. Foi registrado um decréscimo histórico de IRAs baixas e internações por essa causa em todo o país. A manutenção de uma vigilância das consultas no SE permitiria identificar e intervir atempadamente nos casos de alterações ou situações de risco que até agora não tinham sido detectadas.

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